1º Dia do Choro Mogiano será comemorado neste sábado no Theatro Vasques

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A roda, os violões, cavaquinho, pandeiro e bandolim. Para comemorar o 1º Dia do Choro de Mogi das Cruzes, a configuração não poderia ser diferente desta. A exemplo do que já acontece há quase quatro anos todas as quintas-feiras no Casarão do Carmo, neste sábado (11/02) o já conhecido grupo de chorões de Mogi das Cruzes vai subir ao palco do Theatro Vasques, num grande encontro entre gerações, talentos e adeptos deste, que foi reconhecido como o primeiro estilo musical tipicamente brasileiro e se transformou em um dos gêneros mais prestigiados da música popular nacional.

Desta vez a ocasião é especial – esta será a primeira comemoração do dia 11 de fevereiro desde que o Dia do Choro passou a integrar oficialmente o calendário cultural do município, por força de lei. Os chorões, contudo, já celebram a data há muitos anos. O dia é o aniversário de Julio Pedro Borba, saudoso seu Julinho, dono de uma antiga barbearia no bairro do Shangai, que reunia, todas as quintas-feiras, amigos em seu estabelecimento, para uma afinada roda de choro.

Não faltarão rostos e talentos conhecidos neste sábado (11/02). Da velha guarda, estarão lá Eurico de Souza – o Eurico do Cavaco, Geraldo Fiuzza, Jonio e Luiz Grecco, mais conhecido como Gunai. A jovem guarda estará igualmente representada, por meio da Orquestra de Choro Souza Eurico, projeto este comandado por Paulo Henrique Silva – o PH, que se tornou, aliás, porta-voz do choro da cidade e é um dos organizadores do Dia do Choro deste sábado.

O repertório seguirá a linha do que é praticado todas as semanas – haverá sambas, choros e serestas. Fato é: a sintonia entre o grupo é tão grande que grandes preparações nem se fazem necessárias. “Vou cantar três músicas lá. Ainda não decidi quais, mas isso não tem problema nenhum, porque o PH já está acostumado com as canções que eu canto e tem um ouvido de passarinho. Seu Eurico também já sabe”, conta Gunai.

Devolvendo na tranquilidade e sempre esbanjando modéstia, seu Eurico, que, do alto dos seus 79 anos, é um dos mais emblemáticos representantes da velha guarda do choro da cidade, acrescentou: “Enquanto acharem que eu estou tocando de acordo e acompanhando direitinho, eu vou estar lá. Vai ter um pouco de choro e depois entram os cantores. Jonio canta música mais romântica, o Geraldo toca um pouco de violão e também canta e tem o Gunai, que canta samba de terreiro mesmo”, descreve.

“Eles sempre cantam na roda de choro e fazem parte da velha guarda. Costumavam frequentar a barbearia do Seu Julinho, então realmente viveram a origem de tudo isso e são guardiões dessa história”, conta PH.

A Orquestra Souza Eurico, que também vai se apresentar, tem atualmente um número que oscila entre 15 e 20 membros. São músicos de todas as idades, desde adolescentes até o próprio Eurico, que ensaiam todas as terças-feiras na Síntese, um espaço de cultura privado da cidade. Para participar da orquestra, não é preciso pagar nada. Basta comparecer a algum dos ensaios, que começam sempre às 19h30 e se estendem até as 21h. O endereço do espaço é rua dr. Oscar Nascimento Siqueira, 88, na Chácara Jafet.

Além de celebrar o Dia do Choro como uma data oficializada no calendário cultural do município, o evento deste sábado vai marcar também o início das atividades da Roda de Choro do Seu Julinho no calendário de 2017. Criado pela Secretaria Municipal de Cultura há quase três anos, este é um dos programas permanentes da Cultura Mogi, que tem por missão também homenagear seu Julinho e preservar, além de perpetuar, a cultura do choro na cidade. Ela acontece todas as quintas-feiras, a partir das 18h e agora, em virtude da reforma no Casarão do Carmo, será temporariamente realocada no prédio-sede da Banda Santa Cecília.

“É muito importante que a roda de choro exista e continue acontecendo, porque é o ponto de encontro oficial desse pessoal. Esperam toda semana por este dia, porque é um momento especial. E a roda já tem o seu público. Quem toca, quem canta ou quem simplesmente gosta de ouvir, aparece”, finaliza PH.

O Dia do Choro será realizado neste sábado (11/02), a partir das 20 horas, no Theatro Vasques, que fica na rua. Dr Corrêa, 515, no Centro Histórico de Mogi. A entrada é gratuita.

 


     

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