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Consciência entregue ao corpo, aviso à cidade, grito dos rios, manifesto das margens. A vida tem sido água, fazendo caminhos esguios, se abrindo em veios e vales, na pele leito de rio. A seca já é uma realidade sentida no dia a dia entregue a nós pelo próprio descaso. Os rios estão clamando por suas vidas, vidas que foram desatadas, desencontradas. As lavadeiras do sertão protegem as margens do mal que há de vir, ou chegou sem ser percebido. A lama paralisa e sufoca, e isso já é o bastante. O oceano ainda se mantém pacifico, aguardando calmamente o dia em que tudo se acerta. Rio corre, suor atina, corpo lateja. A gente dança pra escorrer a você. A gente dança pra dar à água seu devido valor. COREOGRAFIAS: O desate do cardume O Canto das Lavadeiras A seca que afoga A lama que para As águas que escorrem de mim Oceano que move
DIREÇÃO E COREOGRAFIA: Italo Leal
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