Projeto de educação patrimonial amplia visitação em museus da cidade

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Museus têm recebido visitação cada vez mais expressiva graças ao estímulo de programas como o de educação patrimonial

A Secretaria Municipal de Cultura vem realizando, desde o princípio do mês de setembro, um amplo trabalho de educação patrimonial, em seus museus e equipamentos culturais da cidade. A ação, que teve início juntamente à abertura das comemorações ao aniversário de 453 anos de Mogi das Cruzes, já capacitou 64 professores da rede estadual e está gerando resultados positivos, principalmente no que se refere ao número de visitantes. Nas últimas semanas, grupos não só de Mogi, como de outros municípios vizinhos, têm demonstrado interesse e comparecido aos museus da cidade. 

Durante a capacitação, os professores receberam ensinamentos sobre a história do município, por meio das peças que estão expostas nos museus. A ideia da Secretaria é de que eles se tornem agentes de multiplicação desses ensinamentos. Por isso, ao final dos módulos, foi pedido a todos que repliquem o que aprenderam no ambiente das salas de aula, estimulando as crianças a pesquisar e apreciar o histórico de Mogi das Cruzes.

“Mogi das Cruzes é uma das cidades mais antigas do Estado de São Paulo. Por isso, temos participação em praticamente todos os grandes eventos da nossa história, como a I Guerra Mundial, a Revolução Constitucionalista de 1932. É uma história muito rica e que precisa ser respeitada. A partir do momento em que as crianças tomam conhecimento disso, passamos a formar cidadãos que respeitam a história e o patrimônio”, destaca Roberto Lemes Cardoso, responsável pela Divisão de Museus da Secretaria Municipal de Cultura. 

Além de professores e alunos, os espaços de cultura e história também recebem grupos de artistas, pessoas envolvidas com a literatura e músicos. Isso é possível, por exemplo, no Casarão do Carmo, onde o Espaço do Meio Clarice Jorge e a sala de piano estão integrados ao museu Visconde de Mauá. Dessa forma, as pessoas vão até o local para protagonizar ou prestigiar alguma apresentação artística e acabam vivenciando um pouco da história do município, dado o acervo exposto.

“Temos apostado bastante no museu Visconde de Mauá, em virtude de sua localização e também pelo fato de haver essa mescla entre espaço cultural e museu”, acrescenta Cardoso. Quem comparecer ao local atualmente poderá conferir itens que remetem à passagens importantes da história de Mogi das Cruzes e do Brasil. Há, por exemplo, a sala Grinberg, que reconta um pouco da trajetória e feitos de um dos mais emblemáticos historiadores que o município já teve, além da sala do piano, onde são feitas audições e encontros musicais. 

A própria estrutura do Casarão do Carmo já alude à história do município. A construção é do século XIX, em estilo colonial, feita em taipa de pilão e taipa de mão. O imóvel foi erguido originalmente para servir de residência à importante família Bourroul e, a partir dos anos 30, passou a abrigar diversas atividades culturais e comerciais. Na década de 80 ele foi desapropriado e restaurado pela Prefeitura e, desde então vem cumprindo a função de espaço para atividades culturais. 

Outros espaços que guardam importantes passagens da história do município são o museu Guiomar Pinheiro Franco e o museu dos Expedicionários. Todos eles, contabilizando também os museus do Parque Centenário, recebem em média de 900 a 1.200 pessoas por mês. 

Exposição Divino

Nesta semana o museu Guiomar Pinheiro Franco passou a receber uma exposição temporária sobre a Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes. Composta por parte do acervo do Museu da Festa do Divino, antes instalado na rua Coronel Souza Franco, a exposição é intitulada “Divina Devoção” e permanecerá nas dependências do Museu Guiomar até o final da Festa de 2014, ou seja, até o dia 08 de junho do ano que vem, data final das festividades de Pentecostes. Após esse período, a exposição será transferida para o Museu do Divino, em local apropriado. 

Nesta exposição, o visitante poderá apreciar registro fotográfico original dos festeiros de 1932 e programas originais de 1937 e de 1945. Além da grafia diferenciada da de hoje, o visitante poderá inferir sobre os costumes da época, especialmente na linguagem. Uma curiosidade da festa de 1945 é a proibição dos festejos não religiosos, situação que deve ter acontecido por alguns anos, conforme se depreende da leitura do programa.

O acervo exposto é composto, principalmente de material impresso, como programas, fotos e reportagens, devido à característica “temporal” da Festa. Mas pode ser encontrado também um oratório do final do século XIX, bandeiras de várias épocas, o livro de ouro da festa de 1934, quando foi festeiro Joaquim de Mello Freire, o Capitão Quinzinho. A exposição conta ainda com alguns quadros, de vários estilos, que retratam não apenas a Festa de Mogi, mas a devoção do Espírito Santo, como fato marcante da religiosidade popular de nossa região. 

A visitação à exposição “Divina Devoção” obedecerá aos horários estabelecidos para os museus municipais, ou seja, de terça a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. O telefone para mais informações sobre essa exposição é 4725-9200. (LMS)
 



     

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