No sábado, que é o último dia do Festival, acontece a coroação do Rei Congo, que é o ápice da programação de cultura popular e também haverá shows no Largo do Rosário
A quarta edição do Festival de Arte Popular do Alto Tietê, evento realizado numa parceria entre a Casa do Congado, Malungada Produtos Culturais e Secretaria Municipal de Cultura, chega agora a seus últimos dias. O encerramento acontecerá neste sábado (07/05), com a tradicional coroação do Rei Congo, no Largo do Rosário, porém tanto no sexta-feira quanto no sábado o público já poderá conferir ampla programação em um palco aberto no mesmo espaço público. Toda a programação é gratuita.
A primeira apresentação desta sexta-feira (06/05), às 17h, é da banda Fogo Corredor, grupo musical de São Paulo fortemente influenciado pelo rock e por ritmos do nordeste brasileiro. A começar pelo nome, Fogo Corredor, que faz alusão à lenda do boitatá, do folclore brasileiro. Na sequencia, às 18h30, será a vez da banda Cirilo Amém, da zona leste de São Paulo, que interpreta canções de autores consagrados, como Itamar Assumpção, Jorge Mautner, Tim Maia e também canções que são pouco conhecidas do grande publico, mas que ajudaram a delinear a música brasileira.
Às 20 horas, quem se apresenta é o sergipano que adotou Mogi das Cruzes há quase dez anos, Deo Miranda. O cantor e compositor que encontrou nas raízes populares sua maior inspiração é pesquisador dos ritmos vindos dos folguedos brasileiros, principalmente do folclore nordestino e imprime essa diversidade na sonoridade que produz. O encerramento do dia ficará por conta de As Mercenárias, banda de pós-punk nacional que surgiu no início dos anos 80 e é formada por três mulheres. O grupo tem influências de bandas inglesas como Siouxsie and the Banshees, Joy Division, The Slits e Sex Pistols.
Coroação Rei Congo
Neste sábado (07/05), último dia do Festival de Arte Popular do Alto Tietê, acontece o ápice da programação do festival, que é a tradicional coroação do Rei Congo. A concentração começa às 8 horas no Largo do Rosário e a saída do cortejo, que sempre percorre as ruas do Centro de Mogi das Cruzes em direção ao Largo Bom Jesus, está marcada para as 10 horas. Às 11 horas, após chegarem ao destino final, o grupo faz a eleição dos novos coroados e o ritual da troca de coroas. A celebração se encerra com a saudação aos novos coroados, o que deve ocorrer por volta do meio-dia.
A coroação do Rei Congo é um ritual que remete diretamente à história dos negros no Brasil, quando o país era uma colônia de Portugal e que também faz parte do folclore brasileiro. Em Mogi, a tradição é muito forte, pois a cidade reúne o maior reinado de congos do Estado de São Paulo, com oito grupos de congada, marujada e moçambique.
Além da coroação, o sábado será permeado por muitas outras atrações no Largo do Rosário. Começando por intervenções artísticas do grupo Cumbuca da Judite, projeto que visa a preservação da cultura mambembe, a partir das 15 horas. Na sequencia têm início os shows musicais, como a banda Oriki, que se apresenta às 17 horas e Big Charles and a Little Big Band, que sobe ao palco a partir das 18h30. O show de encerramento fica por conta do músico que é um dos maiores disseminadores das raízes da cultura popular brasileira, Sapopemba. A apresentação tem início às 20 horas. (LMS)
