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Uma noite de dança e muita emoção marcou, neste sábado (05/09), a reabertura do Theatro Vasques, após reformas realizadas pela Prefeitura de Mogi das Cruzes. Foram duas apresentações em que os integrantes do Ballet Stagium, uma das companhias de dança mais conceituadas do Brasil, apresentou o espetáculo “Ballet Stagium Dança Chico Buarque”.
O prefeito Marco Bertaiolli acompanhou a primeira sessão e fez questão de receber pessoalmente o público, que lotou as dependências do teatro, inaugurado em 1902.
“Este prédio é um patrimônio do estado de São Paulo. Este teatro viveu todos os eventos desde o início do século passado, a história de Mogi das Cruzes passou por este salão. É muito bom poder reabrir este espaço com um espetáculo tão importante como este”, afirmou o prefeito. “Nosso Theatro Vasques, com 107 anos de história, a partir de hoje, está entregue à nossa população”, completou.
Durante uma hora e dez minutos, os integrantes da companhia apresentaram músicas imortalizadas por Chico Buarque de Hollanda, como “O que será que será”, “Trocando em Miúdos” e “Roda Viva”, que, durante sua execução, teve a declamação do poema “E agora, José”, de Carlos Drummond de Andrade, gravada pelo autor Paulo Autran. O espetáculo também contou com composições de Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Francis Hime e Edu Lobo.
O cenário representava um depósito de material cênico, com manequins, praticáveis e restos de cenários. Por meio destes materiais, os bailarinos apresentaram as coreografias idealizadas por Décio Otero. O espetáculo tem a direção teatral de Marika Gidali.
Obras
As obras de reforma do Theatro Vasques tiveram investimentos de R$ 148 mil e foram realizados pela empresa Toppus Terra. Foram desenvolvidos serviços de pintura interna e externa, restauração do forro e telhado, portas e janelas, revisão das instalações elétricas, substituição de pisos, carpetes e poltronas danificadas.
Inaugurado em 1902, o teatro é um dos principais espaços culturais da cidade. O local chegou a ser fechado na década de 1930, pelo governo Getúlio Vargas. Reaberto em 1948, o prédio serviu como sede da Câmara Municipal. Reformado e reaberto em 1980, com o nome de Paschoal Carlos Magno, o espaço voltou a se chamar Theatro Vasques em 2002. (LM)
